Arayara: Diagnóstico do Risco Socioambiental do 4º Ciclo da Oferta Permanente da ANP
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Diagnóstico do Risco Socioambiental do 4º Ciclo da Oferta Permanente da ANP Contribuições Técnicas 18 de dezembro de 2023 Por: Instituto Internacional Arayara O Instituto Internacional Arayara apresentou, em dezembro de 2023, um estudo que detalha os riscos climáticos e socioambientais envolvidos no 4º ciclo da Oferta Permanente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse leilão, considerado o maior da história da ANP, coloca em oferta 603 blocos exploratórios de petróleo e gás, tanto em terra quanto no mar, o que representa mais de 2% do território nacional. O estudo foi entregue à ANP em uma coletiva de imprensa e levantou uma série de preocupações sobre as consequências dessa operação. O Diagnóstico do Risco Socioambiental do 4º Ciclo da Oferta Permanente destaca as contradições técnicas e jurídicas, além das violações socioambientais, envolvendo esse leilão. De acordo com o estudo, 94,2% dos blocos ofertados apresentam sobreposições com áreas sensíveis, como Unidades de Conservação, Territórios Quilombolas e Terras Indígenas. O estudo também aponta para a oferta de blocos em áreas prioritárias para a conservação, como manguezais e ambientes recifais, além de áreas com potencial para fracking. Impactos Ambientais e Climáticos do Leilão O estudo da Arayara relaciona este mega leilão aos planos do Brasil de aumentar a produção de petróleo, com o objetivo de se tornar o 4º maior produtor mundial até 2031. No entanto, isso contraria as metas climáticas estabelecidas pelo próprio governo brasileiro, como a neutralidade climática até 2050. Apenas com o leilão deste ciclo, as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) poderiam ultrapassar 1 GtCO2e, o que equivale ao total das emissões anuais do Brasil previstas para 2030. Além dos impactos climáticos, o diagnóstico revela que 23 blocos ofertados estão sobrepostos a Unidades de Conservação, com destaque para as bacias de Sergipe-Alagoas, Amazonas e Espírito Santo. Essas áreas são protegidas pela legislação brasileira por sua importância na preservação da biodiversidade, e a exploração nessas regiões poderia causar danos irreversíveis. Impactos em Comunidades Tradicionais e Territórios Indígenas O leilão também traz sérios riscos para comunidades tradicionais. O estudo aponta que 23 Terras Indígenas, localizadas principalmente no bioma Amazônico, e 5 Territórios Quilombolas estão diretamente ameaçados pela exploração de petróleo e gás. Nenhuma dessas comunidades foi consultada, o que fere o direito à consulta prévia, livre e informada, garantido pela Convenção 169 da OIT. A exploração nessas áreas não apenas ameaça o modo de vida dessas comunidades, mas também coloca em risco 47 mil km² de Terras Indígenas, impactando quase 22 mil indígenas. Nos territórios quilombolas, a exploração pode afetar mais de 5.600 pessoas e 684 km² de áreas protegidas. Áreas Coralíneas e Fracking Outro ponto crítico levantado pelo estudo é a sobreposição de 94 blocos a áreas prioritárias para a conservação de ambientes coralíneos, totalizando quase 35 mil km². A bacia de Pelotas, por exemplo, tem 72 blocos sobrepostos às áreas de conservação de corais. O fracking, técnica de extração que envolve riscos geológicos, também foi identificado em 208 blocos. O estudo do Instituto Arayara critica fortemente a política energética brasileira, que aposta nos combustíveis fósseis ao mesmo tempo em que tenta se posicionar como referência global em conservação ambiental. Essa contradição entre expansão de fósseis e compromissos climáticos coloca em xeque a sustentabilidade do modelo energético do país e levanta questões sobre a viabilidade da sua estratégia para enfrentar o aquecimento global. Com os principais ecossistemas do Brasil em risco, o Instituto Arayara reforça que a única maneira de frear o aquecimento global e preservar o meio ambiente é através da substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis. Acesse o estudo completo: Estudo Diagnóstico do Leilão Saiba mais sobre a campanha: Mar Sem Petróleo AnteriorPróximo Instituto Pólis: Justiça Energética – Pesquisa de Opinião Pública Justiça Energética – Pesquisa de Opinião Pública Contribuições Técnicas 15… Leia mais 15 de junho de 2024 Arayara: Diagnóstico do Risco Socioambiental do 4º Ciclo da Oferta Permanente da ANP Diagnóstico do Risco Socioambiental do 4º Ciclo da Oferta Permanente… Leia mais 18 de dezembro de 2023 IEMA: Análise dos recursos disponíveis e necessários para universalizar o acesso à energia elétrica na Amazônia Legal Análise dos recursos disponíveis e necessários para universalizar o acesso… Leia mais 14 de dezembro de 2023 Inesc: “Subsídios às fontes fósseis e renováveis (2018 – 2022): reformar para uma transição energética justa” Subsídios às fontes fósseis e renováveis (2018 – 2022): reformar… Leia mais 4 de dezembro de 2023 IEMA: “3º Inventário de emissões atmosféricas em usinas termelétricas” 3º Inventário de emissões atmosféricas em usinas termelétricas Contribuições Técnicas… Leia mais 1 de outubro de 2023 Carregar mais Posicionamento Crítico Crise Hídrica e Energia: Propostas para Aumentar a Resiliência do Sistema Elétrico no Horário de Ponta 26 de setembro de 2024.elementor-685 .elementor-element.elementor-element-75b6e47{–display:flex;–flex-direction:column;–container-widget-width:100%;–container-widget-height:initial;–container-widget-flex-grow:0;–container-widget-align-self:initial;–flex-wrap-mobile:wrap;–background-transition:0.3s;}.elementor-widget-image .widget-image-caption{color:var( –e-global-color-text );font-family:var( –e-global-typography-text-font-family ), Sans-serif;font-size:var( –e-global-typography-text-font-size );font-weight:var( –e-global-typography-text-font-weight );}.elementor-685 .elementor-element.elementor-element-f34eb35 > .elementor-widget-container{margin:-10px 0px 0px 0px;}.elementor-685 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Coalizão Energia Limpa divulga Position Paper sobre transição energética e o papel do gás natural
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A Coalizão Energia Limpa é um grupo brasileiro que defende uma transição energética justa e sustentável, propondo a eliminação do gás natural da matriz energética até 2050. O position paper de setembro de 2022 destaca os impactos negativos do gás, incluindo a ampliação das emissões de gases de efeito estufa, a subestimação dos impactos socioambientais e a falsa ideia de viabilidade econômica. O documento enfatiza a importância de investir em energias renováveis como eólica e solar e propõe alternativas ao gás, como biomassa e armazenamento energético. A Coalizão busca promover o diálogo entre setores e pressionar os tomadores de decisão para um futuro energético mais sustentável.